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Superando o medo do escuro: como ajudar a criança a enfrentar a nictofobia

04/10/2024

A fobia de escuro, conhecida como nictofobia, vai além de um simples medo infantil. Caracterizada por uma ansiedade extrema ao se deparar com ambientes escuros, essa condição pode gerar sintomas como tremores, suor e pânico. Identificar essa fobia nas crianças é fundamental para oferecer o suporte adequado. Sinais como a recusa em dormir sozinha, a necessidade constante de luz acesa e o medo exacerbado de ficar no escuro são indícios claros de que algo mais profundo está ocorrendo.

Milena Gusmão, coordenadora pedagógica do Colégio Classe A, de Campo Grande (MS), ressalta que “ajudar a criança a superar a fobia de escuro exige empatia e paciência, oferecendo um ambiente que transmita segurança”. Criar um espaço que promova uma transição gradual entre luz e escuridão é uma das estratégias mais eficazes. Utilizar uma luz noturna, por exemplo, pode fazer com que a criança se acostume aos poucos com o ambiente, sem ser forçada a encarar o escuro de forma abrupta.

Outro passo importante é conversar abertamente com a criança. Explicar que a escuridão não muda o que está no quarto, e que o medo pode ser superado aos poucos, ajuda a criar confiança. Atividades simples, como ler com um abajur ou brincar em locais com pouca luz, podem ser introduzidas gradualmente, permitindo que a criança desenvolva uma relação mais tranquila com a ausência de luz.

Validar os sentimentos da criança também é essencial. O medo do escuro pode parecer irracional para os adultos, mas é real para as crianças que o enfrentam. Não minimizar esse sentimento é um passo importante para que elas se sintam compreendidas e apoiadas. Punições ou forçar a criança a ficar no escuro podem agravar a situação, tornando a fobia mais difícil de superar.

Incentivar a independência da criança, pouco a pouco, também contribui para que ela enfrente o medo de maneira mais segura. À medida que a criança ganha confiança em suas próprias capacidades, é possível reduzir gradualmente a dependência de luz, até que o escuro deixe de ser uma fonte de ansiedade.

Em casos mais graves, quando a fobia do escuro interfere de forma significativa na rotina da criança, é recomendável buscar ajuda profissional. A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é uma abordagem muito eficaz para o tratamento de fobias, ajudando a reestruturar pensamentos e comportamentos relacionados ao medo.

Com paciência, compreensão e estratégias adequadas, é possível ajudar a criança a superar a fobia de escuro, promovendo maior segurança emocional e uma melhor qualidade de vida. O processo de superar esse medo é um passo importante no desenvolvimento emocional, fortalecendo a autoconfiança e preparando a criança para enfrentar outros desafios. Para saber mais sobre fobia, visite https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/Comportamento/noticia/2021/08/o-que-e-nictofobia-5-pontos-para-entender-o-medo-do-escuro.html e https://revistacrescer.globo.com/Criancas/Comportamento/noticia/2013/09/seu-filho-tem-medo-do-escuro.html

 

 


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