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aluno com o lápis apoiado na boca pensando na matemática

Como reconhecer a discalculia na infância e adolescência

18/09/2024

A discalculia é um distúrbio de aprendizagem que afeta a habilidade de compreender e lidar com números e conceitos matemáticos, indo além das dificuldades normais com a matemática. Trata-se de uma condição neurológica que impacta o processamento numérico, tornando desafiadoras tarefas como contar, calcular e entender símbolos matemáticos. Muitas vezes, os sintomas são percebidos de forma sutil, o que pode dificultar o diagnóstico precoce. Identificar a discalculia é crucial para que a criança ou adolescente receba o suporte necessário, e esse processo envolve observar sinais específicos em diferentes fases da vida escolar.

Crianças pequenas com discalculia podem demonstrar dificuldades para aprender a contar, reconhecer padrões simples ou entender a diferença entre quantidades. Na medida em que avançam para séries mais complexas, essas dificuldades podem se intensificar, resultando em problemas para memorizar fatos matemáticos básicos, como a tabuada, e realizar cálculos mentais. “É importante que os pais estejam atentos aos sinais de discalculia, pois quanto mais cedo ela for identificada, mais eficazes serão as intervenções”, explica Milena Gusmão, coordenadora pedagógica do Colégio Classe A, de Campo Grande (MS). 

Os sintomas da discalculia variam, mas incluem dificuldade em associar números a quantidades, como ligar o número “3” a três objetos, e problemas para compreender operações matemáticas básicas. Crianças com discalculia também podem apresentar um uso constante dos dedos para cálculos simples, mesmo em situações em que a resolução rápida é necessária. Além disso, é comum que esses alunos evitem atividades que envolvam matemática e se sintam frustrados ou ansiosos diante de problemas numéricos.

Um dos maiores desafios na identificação da discalculia é que ela pode ser facilmente confundida com falta de interesse ou esforço na matemática. No entanto, trata-se de uma condição que requer diagnóstico especializado por meio de testes realizados por psicólogos ou neuropsicólogos. Esses profissionais utilizam avaliações específicas para identificar os déficits relacionados ao processamento matemático e propor intervenções adequadas.

A discalculia pode se manifestar de diferentes maneiras, dependendo das áreas mais afetadas. A discalculia verbal, por exemplo, envolve dificuldade em entender conceitos matemáticos falados, enquanto a discalculia gráfica afeta a capacidade de escrever e representar números corretamente. Já a discalculia ideognóstica prejudica a realização de cálculos mentais, e a discalculia operacional dificulta a execução de operações matemáticas básicas.

Embora não exista uma cura para a discalculia, intervenções educacionais personalizadas podem melhorar significativamente o desempenho dos alunos. Recursos como jogos educativos, materiais visuais e o uso de calculadoras podem tornar a matemática mais acessível e menos intimidante para essas crianças. É fundamental que pais e professores colaborem para criar um ambiente de aprendizado inclusivo, adaptado às necessidades específicas de cada aluno.

Com um diagnóstico adequado e apoio contínuo, é possível reduzir os impactos da discalculia e ajudar crianças e adolescentes a desenvolverem suas habilidades matemáticas. Compreender essa condição é o primeiro passo para oferecer o suporte certo e garantir que todos os alunos possam alcançar seu potencial acadêmico, superando os desafios da matemática.

Para saber mais sobre discalculia, visite https://institutoneurosaber.com.br/artigos/discalculia-quando-a-dificuldade-com-a-matematica-e-um-disturbio-de-aprendizagem/ e https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/criancas/discalculia-em-criancas-o-que-e-como-identificar-e-tratar,29b36ac951352311a7200862b613bdabnjifb1at.html#google_vignette

 


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