24/06/2024
A hiperatividade infantil é uma condição que pode impactar significativamente a vida de uma criança, seus familiares e educadores. Caracterizada por agitação constante, dificuldade de concentração e comportamentos impulsivos, a hiperatividade afeta a aprendizagem, a socialização e o desenvolvimento geral. Compreender essa condição é fundamental para oferecer o suporte adequado e melhorar a qualidade de vida das crianças hiperativas.
É essencial que os pais compreendam a importância de um ambiente estruturado e de apoio para crianças hiperativas. A colaboração entre família e escola é fundamental para o desenvolvimento dessas crianças, destaca Milena Gusmão, coordenadora pedagógica do 1º ao 8º ano do Colégio Classe A, de Campo Grande (MS).
A hiperatividade é um distúrbio de neurodesenvolvimento que afeta áreas do cérebro responsáveis pela atenção, percepção e interação social. Pode ocorrer isoladamente ou associada a outros transtornos, como o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). As causas não são completamente compreendidas, mas fatores genéticos e ambientais desempenham um papel significativo. Entre os fatores ambientais, destacam-se crises familiares, maus tratos, complicações no parto e tabagismo durante a gravidez.
Os sintomas da hiperatividade são facilmente observáveis no comportamento da criança:
Agitação e inquietação: crianças hiperativas têm dificuldade em ficar paradas, mexem constantemente as mãos e os pés e podem correr e pular em ambientes inadequados.
Falar demais: a tagarelice é comum, com a criança verbalizando constantemente seus pensamentos e sentimentos, frequentemente interrompendo conversas.
Ansiedade e impulsividade: demonstram ansiedade por não conseguirem esperar sua vez e podem tornar-se agressivas quando frustradas.
Dificuldades de aprendizado: a incapacidade de manter a concentração prejudica o desempenho escolar.
Problemas de sono: a agitação pode levar a dificuldades para adormecer e manter o sono.
Facilidade de distração: pequenas distrações podem desviar a atenção da criança, dificultando a realização de tarefas.
Identificando a hiperatividade
Distinguir entre hiperatividade, agitação comum e indisciplina é crucial para um diagnóstico preciso. A hiperatividade é persistente e se manifesta em múltiplos ambientes. Para identificar a condição, é necessário observar uma combinação dos sintomas mencionados e avaliar se eles afetam significativamente o desempenho acadêmico, social e cotidiano da criança.
O tratamento da hiperatividade requer uma abordagem multidisciplinar, envolvendo profissionais como médicos, psicólogos, terapeutas ocupacionais e, em alguns casos, fonoaudiólogos e neuropediatras.
Diagnóstico precoce: consultar professores e observar o comportamento da criança em diferentes ambientes é essencial. Uma avaliação detalhada por um especialista é necessária para confirmar o diagnóstico.
Terapia comportamental: a psicoterapia ajuda a criança a compreender e lidar com suas dificuldades, promovendo mudanças comportamentais positivas. Técnicas de relaxamento e uma rotina estruturada podem auxiliar na redução da agitação.
Intervenção educacional: adaptar métodos de ensino e propor tarefas curtas e envolventes ajuda a manter a criança focada e motivada.
Medicamentos: em casos graves, medicamentos podem ser necessários para melhorar a concentração e reduzir a agitação, sempre sob prescrição e monitoramento de um neuropediatra.
Suporte familiar: o apoio e a compreensão dos pais são fundamentais. Um ambiente tranquilo e estimulante, além de atividades que promovam a concentração e o autocontrole, são essenciais.
Além do tratamento profissional, algumas ações podem ser desenvolvidas pelos familiares para ajudar a criança hiperativa:
Estimular o contato com animais de estimação: interagir com animais pode ajudar a criança a se acalmar e controlar a ansiedade.
Incentivar atividades envolventes: brincadeiras que exigem concentração e foco podem ser benéficas.
Promover a leitura: ler regularmente ajuda a desenvolver a capacidade de concentração.
Utilizar técnicas de relaxamento: práticas como meditação e exercícios de respiração podem melhorar a qualidade do sono.
Criar uma rotina estruturada: uma rotina bem definida proporciona segurança e ajuda a criança a entender o que é esperado dela.
Propiciar contato com a natureza: atividades ao ar livre podem trazer tranquilidade e reduzir a agitação.
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