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08/01/2025
A ansiedade afeta crianças e adolescentes de formas variadas, interferindo no bem-estar emocional, na saúde física e no desempenho escolar. Embora seja uma resposta natural a situações desafiadoras, ela pode se tornar excessiva e comprometer o dia a dia. "Reconhecer os sinais de ansiedade desde cedo é crucial para oferecer o suporte necessário e promover a saúde emocional dos jovens", observa Milena Gusmão, coordenadora pedagógica do 1º ao 8º ano do Colégio Classe A, de Campo Grande (MS).
Os sintomas de ansiedade variam, mas incluem irritabilidade, insônia, retraimento social e dificuldades de concentração. Muitas crianças apresentam ainda manifestações físicas, como dores de cabeça, náuseas ou taquicardia. Essas reações podem surgir diante de eventos aparentemente simples, como apresentações escolares ou interações sociais, refletindo o impacto profundo da ansiedade em situações cotidianas.
Fatores como mudanças significativas na rotina, pressões sociais e traumas emocionais estão entre os principais gatilhos da ansiedade. A pandemia de COVID-19, por exemplo, aumentou os casos entre jovens devido ao isolamento social e à incerteza constante. Além disso, questões familiares, como conflitos domésticos ou a ansiedade dos próprios pais, podem agravar o problema. Identificar esses fatores é essencial para implementar estratégias de apoio.
O impacto da ansiedade vai além do emocional, afetando diretamente o desempenho escolar. Jovens ansiosos enfrentam dificuldades para participar de atividades em grupo, interagir com colegas ou mesmo se concentrar nas aulas. Esse ciclo de insegurança pode gerar baixa autoestima e isolamento, prejudicando tanto o aprendizado quanto o desenvolvimento social.
Atividades físicas são uma aliada importante no combate à ansiedade. Esportes e exercícios regulares ajudam a reduzir o estresse, além de promoverem a socialização em um ambiente descontraído. Técnicas como meditação e exercícios de respiração também podem auxiliar as crianças a lidar com momentos de tensão.
Um ambiente acolhedor e seguro, tanto em casa quanto na escola, desempenha um papel fundamental na redução da ansiedade. Pais e educadores devem criar um espaço onde os jovens se sintam compreendidos e valorizados. O incentivo à expressão emocional e ao diálogo aberto são ferramentas poderosas para ajudar as crianças a lidar com seus medos.
Em casos mais graves, buscar ajuda profissional é indispensável. Terapias como a cognitivo-comportamental são eficazes para tratar transtornos de ansiedade, permitindo que os jovens desenvolvam estratégias para enfrentar suas preocupações. Quando necessário, o uso de medicamentos pode ser recomendado por um especialista.
A ansiedade em crianças e adolescentes exige atenção, compreensão e suporte. Com a identificação precoce dos sinais e a implementação de estratégias adequadas, é possível ajudar o jovem a superar desafios emocionais. Para saber mais sobre ansiedade, visite https://vidasaudavel.einstein.br/ansiedade-em-criancas/ e https://drauziovarella.uol.com.br/pediatria/ansiedade-em-criancas-como-reconhecer-os-sintomas/